terça-feira, 27 de fevereiro de 2007

Sé de Lisboa

Possivelmente construída sobre uma antiga mesquita, a seguir à conquista da cidade em 1147, a Sé de Lisboa é o único edifício românico remanescente na capital.
Adopta o esquema geral da Sé Velha de Coimbra e a condução dos trabalhos deveu-se a um enigmático arquitecto, de nome Roberto.
Cedo o conjunto foi ampliado, primeiro com o claustro ( um dos mais singulares do país e datado de finais de século XIII ) e, depois, com a nova cabeceira de capelas radiantes, mandada construir por D. Afonso IV para seu panteão.
Nos séculos XIX e XX, a catedral foi bastante restaurada por Afonso Fuschini e António de Couto Abreu.

domingo, 25 de fevereiro de 2007

Castelo de Almourol-Vila nova da Barquinha

Implantado numa ilha escarpada no curso médio do rio Tejo, Almourol é uma cenográfica fortaleza que ilustra a visão romântica medieval que animou o restauro monumental em Portugal durante largas décadas do século XX.
Na origem foi edificado pelos templários e estaria terminado em 1171, constituindo um pequeno recinto, dotado de torre de menagem com três pisos, embora se encontre hoje muito restaurada.
No século XX, foi adaptado a residência oficial da República Portuguesa, o que determinou um ambicioso projecto de intervenção, responsável pelo actual aspecto do conjunto.



quinta-feira, 22 de fevereiro de 2007

Castelo de Guimarães

Monumento emblemático das origens da nacionalidade, o castelo foi edificado ainda antes do século XII, por acção da condessa Mumadona.
Durante o reinado de D. Afonso Henriques foi objecto de importantes reformas, ampliando-se a área protegida nos séculos seguintes.
Ao redor de 1422, provavelmente por iniciativa do Infante D. Afonso, edificou-se o Paço dos Duques, residência palaciana integralmente reinventada no século XX, por acção da arquitecto Rogério de Azevedo, tendo em vistas comemorações do VIII Centenário da Fundação da Nacionalidade (1940).

quarta-feira, 14 de fevereiro de 2007

Palácio Nacional de Belém

Mandado construir por D. João V, para palácio de recreio, foi reedificado depois do terramoto de 1755 pelo arquitecto João Frederico Ludovice e, mais tarde, por Mateus Vicente de Oliveira.
No inicio do século XX, construiu-se um palacete anexo para receber hóspedes estrangeiros, uma vez que, desde 1910,é Residência Oficial da Presidência da Republica.
Edifício com feição barroca e neoclássica, tem como referência obrigatória os jardins, destacando-se algumas das salas do interior.
O picadeiro foi transformado no Museu dos Coches Reais.

segunda-feira, 12 de fevereiro de 2007

Convento de Cristo em Tomar


Lugar mítico dos cavaleiros templários o Convento de Cristo é um conjunto que evidencia várias épocas de construção.
Da primitiva fundação de D. Gualdim Pais resta parte do castelo e a Charola românica, templo singular na arquitectura medieval portuguesa por se organizar volumetricamente a partir da planta octogonal.
No século XV construíram-se os dois claustros góticos, mas foi no período manuelino que o convento adquiriu maior carga simbólica, com o portal principal da igreja e a famosa janela da Sala do Capitulo, que simboliza a arte ao tempo de D. Manuel.
Ainda do século XVI é o Claustro de D. João III, obra maneirista de monumentalidade invulgar no contexto nacional.

domingo, 11 de fevereiro de 2007

Castelo de Óbidos.

Doado às rainhas portuguesas em 1210, a vila de Óbidos permanece no imaginário colectivo como um aglomerado urbano vincadamente medieval.
O castelo foi construído ao longo dos séculos XIII e XIV, embora o aspecto actual corresponda a um extenso processo inventivo verificado nos restauros do séc. XX.
O perímetro amuralhado organiza-se em dois espaços fundamentais:
A Alcáçova, onde séculos mais tarde se instalou a pousada, e a vila, caracterizada por ruas sinuosas e apertadas, de que se realça a Rua Direita, artéria que coloca em comunicação o castelejo e a Porta da Vila.

sexta-feira, 9 de fevereiro de 2007

Templo Romano de Évora

Presumivelmente construído durante a época de Augusto (séc I d.C.), o erradamente chamado templo de Diana foi objecto de muitas transformações ao longo dos tempos, chegando ao séc XIX com a configuração de uma torre medieval, onde funcionava um açougue.
Os primeiros restauros indiciaram sobre a destruição dos elementos posteriores à construção original.
Na actualidade, sabe-se que era consagrado ao culto do imperador e que integrava o fórum da cidade romana, dele restando pouco mais que um podium e parcelas da colunata, encimadas por capitéis coríntios.

quinta-feira, 8 de fevereiro de 2007

Sé velha de Coimbra


Construída no reinado de D. Afonso Henriques, a Sé Velha é a única catedral românica portuguesa a sobreviver quase intacta até aos nossos dias.
É um templo de três naves e cabeceira tripartida harmónica, que integra trifório amplamente decorado no segundo andar das naves e fachada principal compacta e ameada, evidenciando inequívoco carácter militar.
A partir de 1218 iniciou-se a construção do claustro, o primeiro de estilo gótico no país.
Ao longo dos séculos, o conjunto foi engrandecido, destacando-se o retábulo-mor flamejante (da viragem do século XVI) e a Porta Especiosa, entrada monumental renascentista devido á mão de João Ruão.

quarta-feira, 7 de fevereiro de 2007

Castelo de Leiria


Pouco resta do primitivo castelo de Leiria, construído ainda no século XII. Com D. Dinis edificou-se a actual torre de menagem e, no reinado de D. João I, deu-se forma ao paço que caracteriza o conjunto monumental e a própria cidade.
Com quatro pisos, os dois superiores são residenciais e na face voltada ao aglomerado urbano, existe uma loggia panorâmica, que comunicava com a ala régia e duas dependências privadas nos extremos, para alem da capela palatina, a hoje arruinada igreja de Nossa Sr.ª da Pena.
O castelo foi mantido como ruína fingida no sec. XIX, através do projecto de Ernesto Karrodi.

terça-feira, 6 de fevereiro de 2007

Mosteiro da Batalha – Batalha

O Mosteiro de Nossa Sr.ª da Vitória foi mandado construir por D. João I, na sequência da vitoriosa batalha de Aljubarrota (1385). As obras iniciaram-se em 1388, conduzida por Afonso Domingues e, em 1402, passaram a ser comandadas por Huguet, arquitecto de origem catalã que revolucionou a arquitectura gótica portuguesa.
O conjunto monumental é uma referência internacional do tardo-gótico flamejante e integra a Capela do Fundador (possível panteão da Dinastia de Avis), as Capelas Imperfeitas (possível panteão do rei D. Duarte e nunca concluídas) e o claustro de D. Afonso IV.

segunda-feira, 5 de fevereiro de 2007

Palácio Nacional da Pena - Sintra

Uma das expressões máximas do Romantismo do séc. XIX, este extraordinário monumento deve-se à iniciativa de D. Fernando II, que transformou as ruínas do antigo convento Hieronimita que existia no topo da serra. O palácio começou a ser construído pouco depois de 1838 e é uma cenográfica peça de arquitectura neo-medieval, onde abundam elementos exóticos e referências eruditas, como a janela do Tritão. O conjunto foi residência de veraneio da família real e em seu redor plantou-se o parque de influencia inglesa, com espécies arbóreas provenientes de diversos continentes.

domingo, 4 de fevereiro de 2007

Torre dos Clérigos - Porto.


Projecto de Nicolau Nasoni, a torre dos Clérigos, com os seus 75 metros de altura e 240 degraus, é um dos monumentos Barrocos de maior impacto e projecção da cidade do Porto. Os trabalhos da igreja iniciaram-se em 1732 e foram concluídos na década de 1750. O espaço interior é marcado pelo desenho elíptico da sua planta, destacando-se, ainda o retábulo marmóreo da capela-mor (1767-1780), da autoria do arquitecto Manuel dos Santos Porto. O projecto da torre e da Casa dos Clérigos é mais tardio, tendo a torre sido construída entre 1757 e 1763.

Torre de Belém – Lisboa

Construída em homenagem ao patrono de Lisboa, S. Vicente, no local onde se encontrava ancorada a Grande Nau, que cruzava fogo com a fortaleza de S. Sebastião, a torre ficou a dever-se ao arquitecto Francisco de Arruda, que iniciou a sua construção em 1514 e a finalizou em 1520.
É um símbolo do prestígio real e a decoração ostenta a iconologia própria do Manuelino.
Não se limita a ser uma peça de arquitectura militar, estando essa função reservada ao baluarte, que avança sobre as águas do rio.
A torre propriamente dita tem conteúdo administrativo (sala de audiências e do Governador) e palatino (sala dos Reis e capela no ultimo piso).