quinta-feira, 22 de março de 2007

Mosteiro dos Jerónimos

Mosteiro dos Jerónimos, iniciado em 1502, é a obra fundamental da arquitectura manuelina, onde se fundem as particulares declinações do gótico final e do renascimento com exposição de um impositivo discurso simbólico e heráldico.
A igreja é um largo espaço transparente, unificado e luminoso, coberto por uma abóbada única, apoiada em oito pilares octogonais de grande altura.
Na fachada sul pontua o pórtico de João Castilho, estruturado ao modo de monumental relicário de ourivesaria, verdadeiro ex-libris de um monumento onde trabalharam mestres como Boitaca, João Castilho, Diogo de Torralva ou Jerónimo Ruão.

segunda-feira, 19 de março de 2007

Igreja de Nossa Senhora da Graça em Santarém

Iniciada em 1380 para albergar uma comunidade de monges agostinhos,a igreja da Graça só foi concluída no século XV, revelando a influência do grandioso estaleiro do Mosteiro da Batalha, em particular no seu rendilhado portal principal e na rosácea que o acompanha.
No interior destacam-se alguns monumentos funerários, como o tumulo de D. Pedro de Meneses, um dos melhores exemplares da tumularia quatrocentista, a sepultura rosa de Pedro Alvares Cabral, acompanhada por inscrições que o identifica, e o túmulo renascentista de Pêro Rodrigues de Portocarreiro.

quinta-feira, 15 de março de 2007

Igreja de São Vicente de Fora

Implantado num dos extremos orientais de Lisboa, o Mosteiro de São Vicente de Fora é um dos símbolos da União Ibérica e o elemento chave de mudança na arquitectura maneirista Portuguesa.
A obra arrastou-se por quase quatro décadas, entre 1582 e 1629, sendo dirigida por alguns dos melhores arquitectos do reino: Filipe Terzi, Baltazar Álvares e Pedro Nunes Tinoco.
O projecto é atribuído ao arquitecto de Filipe II, Juan de Herrera, seguindo os modelos do Escorial e de Il Gesú de Roma.
A fachada do templo, da autoria de Baltazar Álvares, é o modelo pioneiro do designado Estilo Chão, repetido ao longo do século XVII em inúmeras edificações por todo o mundo português.

segunda-feira, 12 de março de 2007

Sé Catedral do Porto

A Catedral românica portuense começou a ser edificada nos inícios do século XII, sob o impulso do Bispo D. Hugo.
Vicissitudes várias determinaram a alteração do projecto inicial e o arrastamento dos trabalhos até às primeiras décadas do século XIII.
Na centúria seguinte edificou-se o claustro e as grandes obras de renovação ocorreram na Época Moderna: a nova capela mor foi edificada no século XVII; os azulejos azuis e os brancos do claustro, da autoria de António Vital Rifarto, são do ciclo dos Grandes Mestres do período joanino; e a nova configuração da fachada principal data já do período Rococó.

sexta-feira, 9 de março de 2007

Seteais

Iniciado em 1783 e concluído em 1787, o projecto primitivo do palácio anda atribuído ao arquitecto José da Costa Silva.
Foi adquirido pelo 5º Marquês de Marialva em 1797, que patrocinou uma campanha de obras neoclássicas, onde se incluiu a fachada cenográfica, simétrica à já existente.
Data também desse período o arco triunfal que liga ambos os alçados, desenhados por Francisco Leal Garcia e construído em 1802, para assinalar a visita do então regente D. João VI e de D. Carlota Joaquina.
O Hotel inaugurado em 1954, conserva genericamente o traçado anterior.

terça-feira, 6 de março de 2007

Sé de Braga

As obras na Sé de Braga iniciaram-se no episcopado de D. Pedro (1070 - 1093), que concebeu um projecto de peregrinação semelhante ao de Santiago de Compostela, do qual absidílio no exterior, sem relação com a actual configuração do templo.
No período manuelino construiu-se a galilé e deu-se nova forma à capela-mor, onde interveio o arquitecto João de Castilho.
Mais tarde, no tempo do Barroco, edificou-se a nova sacristia, da autoria de João Antunes e enriqueceu-se o interior com uma vasta gama de retábulos.
Hoje, o espaço interno do templo mantém um vago carácter medieval, graças aos restauros da década de 30 a 50 do século XX.

domingo, 4 de março de 2007

Solar de Mateus

Considerada uma das mais importantes obras de arquitectura civil portuguesa de Setecentos, o Solar de Mateus tira partido de uma planta em U, dinamizada por pátios e escadarias.
Não se sabe ao, certo, em que data começou a ser construído, mas é possível que, em 1743, se encontrasse em fase adiantada.
A autoria do projecto tem vindo a ser atribuída total ou parcialmente, a Nicolau Nasoni e representa o modelo acabado de solar barroco nortenho.